Esta é a "arte" de superar os obstáculos, dificuldades e adversidades que surgem ao longo da vida. O grande ponto é maneira como você faz isto. Alguns autores pontuam a existência do bom humor, pensamento posítivo, da visão de futuro e outras coisinhas como característica de pessoas resilientes.
Como você lida com as pedras que encontra no caminho?
Ano passado, passei por um processo muito difícil, de uma dor tremenda... e confesso que pensei: " dessa eu não consigo sair".
Eu senpre fui uma pessoa considerada resiliente, sempre superei da melhor maneira possível todas as pedras que surgiram, e olha que não foram poucas...
Mas esta não era uma simples pedra: mas um pedregulho, daqueles bem grandes, que me deixou durante um ano muito longo presa, estática, paralisada.
Recebi neste período o carinho de familliares, amigos, alunos... e quanto mais tentavam se aproximar, mais me distanciava. Percebi que nos momentos de uma dor muito extrema, o primeiro movimento é de fato se afastar... era uma maneira de não reviver tudo novamente.
Nestas horas é interessante notar o movimento dos que estão a sua volta... os olhares de tristeza, as cobrança de que você não é mais a mesma pessoa, a necessidade em falar do acontecido, a necessidade em evitar falar do acontecido... E nisto tudo um detalhe muito importante: a vida continua, e este turbilhão de sentimentos meio que agem como uma tsunami, levando tudo que encontra pela frente.
Acho que a grande sacada é tentar segurar em algo bem forte e ficar por ali, de fato confiante de que dias melhores virão...
Realmente, não sou a mesma pessoa e acho que não voltarei a ser, pois existem coisas que marcam definitivamente a nossa vida. Esta experiência, ainda age em mim de maneira muito estranha e este talvez seja o primeiro texto sobre isto.... ainda gostaria de falar da reação do outro em momentos de perda, da não concretização de sonhos, do que signifca psiquicamente sofrer um aborto, do papel da família e dos amigos para o fortalecimento da auto estima...
É... realmente ainda tenho muito a dizer... talvez sejam os próximos capítulos...
Por hora é isto, acredito que a grande questão é saber exatamente como aproveitar estas situações e transformá-las em algo positivo. Não sei se já consegui fazer isto, mas estou tentando e confesso que não é nada fácil...
Até a próxima... beijos no coração
Oi, amiga.
ResponderExcluirEm primeiro lugar acho que você jamais deve se sentir cobrada em se comportar da maneira como as outras pessoas desejam, cada um tem suas próprias emoções e seus limites e a pessoa mais importante diante das situações (boas ou ruins) é você. Nada nem ninguém pode alcançar a profundidade do seu sentir e por isso, sempre respeitei o seu resguardo. Também continue se respeitando e ponto.
Em segundo lugar, você tem se mostrado resiliente sim e já vem fazendo de tudo isso uma experiência positiva na medida em que você fala sobre ela, compartilha e mesmo reservada, não se esconde, a encara. E isso é digno de admiração.
Sempre te considerei forte, madura e confesso que quando percebi o quanto esse susto te estremeceu, também me assustei e não te reconheci, você calou...
Compreendo com toda certeza quando você diz que não é mais a mesma pessoa, também mudei muito quando passei por algumas poucas e boas, mas essa é a transformação evolutiva, que dói, arde, demora pra cicatrizar, mas que, ao mesmo tempo, renova e nos fortalece de um jeito inacreditável!!
Você vai ver, você vai passar a se amar mais ainda por ter conseguido, por ter prosseguido e, principalmente, por não ter perdido a FÉ!
E eu vou estar sempre por perto... pra te animar, te incentivar, te ouvir ou calar, te abraçar, puxar tua orelha, gargalhar, chorar (de rir), enfim, é só chamar.
Um beijo cheio de saudades!
Fabi.